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Biografia
Filho de José Germano Brandão, negociante, e de Laurinda Laurentina de Almeida Brandão, Raul Germano Brandão nasceu a 12 de Março de 1867, na Foz do Douro, [2] localidade onde passou a sua adolescência e mocidade. Sendo descendente de pescadores, o mar foi um tema recorrente da sua obra.
Depois de uma passagem menos feliz por um colégio do Porto, Raul Brandão gravita para o grupo dos nefelibatas, sendo sob o seu signo que desperta para o mundo das letras e publica as suas primeiras obras. Em 1891, terminado o curso secundário e depois de uma breve passagem, como ouvinte, pelo Curso Superior de Letras, matricula-se na Escola do Exército. Com este ingresso, ao que parece a contragosto, inicia uma carreira militar caracterizada por longas permanências no Ministério da Guerra envolvido na máquina burocrática militar. Nas suas próprias palavras: no tempo em que fui tropa vivi sempre enrascado. Paralelamente, mantém uma carreira de jornalista e vai publicando extensa obra literária. Encontra-se colaboração da sua autoria no semanário O Micróbio [3] (1894-1895) e nas revistas Brasil-Portugal[4] (1899-1914), Revista nova [5] (1901-1902), e Serões [6] (1901-1911).
Em 1896 foi colocado no Regimento de Infantaria 20, em Guimarães, onde conhece Maria Angelina de Araújo Abreu, com quem se casa a 11 de Março de 1897. Incia, então, a construção de uma casa, a Casa do Alto, na freguesia de Nespereira, nos arredores daquela cidade. Aí se fixará em definitivo, embora com prolongadas estadias em Lisboa e noutras cidades. Reformado no posto de capitão, em 1912, inicia a fase mais fecunda da sua produção literária.
Raul Brandão visitou os Açores no Verão de 1924, no âmbito das visitas dos intelectuais então organizadas sob a égide dos autonomistas. Dessa viagem resultou a publicação da obras As ilhas desconhecidas – Notas e paisagens (Lisboa, 1926), uma das obras que mais influíram na formação da imagem interna e externa dos Açores. Basta dizer que é em As ilhas desconhecidas que se inspira o conhecido código de cores das ilhas açorianas: Terceira, ilha lilás; Pico, ilha negra; S. Miguel, ilha verde…
Faleceu a 5 de Dezembro de 1930, aos 63 anos de idade, deixando uma extensa obra literária e jornalística.
Em 1950, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua na zona de Alvalade.[7]
Tem uma biblioteca com o seu nome em Guimarães.
Fonte: Wikipedia